A dona do nosso hotel disse que é assim que os casais de Cusco tiram fotos. Eu acreditei. |
A
dona do nosso hotel, Delfina, quer nos apresentar as relíquias de família que
estão no hall em que tomamos o café da manhã. Há um quadro do século XVII (diz
ela) que é do estilo cuzquenho. Há móveis de antiquário, prataria e jogo de
café de porcelana chinesa. É meio rococó e Delfina diz que precisamos tirar uma
foto ao modo Cuzquenho.
Começamos
o dia subindo as ladeiras de São Jerônimo, o bairro onde estamos. São tão
íngremes e estreitas quanto as do centro histórico – mas não há lojas nem
turistas. É um jeito melhor de conhecer o dia-a-dia da cidade. Subimos até a
pracinha principal com a igreja.
Em frente à catedral de Cusco. |
Dali,
pegamos táxi para o centro histórico. Desta vez, agora que sabemos que o preço
correto não é 40 soles (o que pagamos antes), saiu por 10 soles – ah... esta
cultura latino-americana da picaretagem...
Lili em frente à catedral - foto da Fran. |
No
centro histórico, começamos pela catedral e fizemos o tour proposto pelo áudio
guia. É indiscutivelmente uma das mais impressionantes igrejas que eu e a Fran
já visitamos. Não tanto pela imponência
(na Europa, as coisas são mais imponentes), mas pela originalidade e
história. Há um cristo negro aqui. E também a primeira cruz trazida da Europa
para América – imagine o significado disto para os índios daqui. Foi uma aula
magnífica em um cenário espetacular.
Relíquias do museu pré-colombino - uma filial do museu Larco, de Lima. |
Da
catedral, saímos para o almoço – no Bodega 129. Eu comi a “dieta de pollo”, que
é a canja levanta defunto peruana. A única diferença para a nossa canja é que
vai macarrão cabelo de anjo no lugar do arroz. Estava boa – mas é claro que se
eu estivesse melhor, teria provado o que as meninas pediram (uma pizza) ou um
bom bife de alpaca.
Da
bodega, saímos para uma maratona de museus (Pré-colombino, uma filial do Larco,
e Artes Regionales). É realmente inacreditável a arte primitiva (e pré-inca) do
Peru. Já estávamos impressionados com o Larco de Lima e aqui não foi diferente.
Há muitas coisas próximas do cubismo – como se sabe, Picasso ficou bastante
interessado na arte primitiva. É de cair o queixo.
Dos
museus, seguimos para a rua Sol, onde havia um barracão de artesanato (mais em
conta que no centro histórico, com as mesmas coisas) que as meninas precisavam
visitar. Eu fiquei na pracinha central, com outros maridos soiltários que
esperavam o tempo passar. Depois de umas três horas (foi o meu tempo
psicológico – as compras duraram uns 45 minutos, na verdade), saímos para a
janta no Marcelo Batata. Novamente, sopinha pra mim. Ô castigo. As meninas não
são muito da janta, então foi sopa e saladas.
Estamos
tentando fazer o máximo que podemos, mas não importa quanto tempo você passe em
Cusco, será impossível fazer tudo. Desmaiamos no hotel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário