Páginas

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Dia 10 – Cusco – 26/07

A dona do nosso hotel disse que é assim que os casais de Cusco tiram fotos. Eu acreditei.


A dona do nosso hotel, Delfina, quer nos apresentar as relíquias de família que estão no hall em que tomamos o café da manhã. Há um quadro do século XVII (diz ela) que é do estilo cuzquenho. Há móveis de antiquário, prataria e jogo de café de porcelana chinesa. É meio rococó e Delfina diz que precisamos tirar uma foto ao modo Cuzquenho.

Começamos o dia subindo as ladeiras de São Jerônimo, o bairro onde estamos. São tão íngremes e estreitas quanto as do centro histórico – mas não há lojas nem turistas. É um jeito melhor de conhecer o dia-a-dia da cidade. Subimos até a pracinha principal com a igreja.

Em frente à catedral de Cusco.


Dali, pegamos táxi para o centro histórico. Desta vez, agora que sabemos que o preço correto não é 40 soles (o que pagamos antes), saiu por 10 soles – ah... esta cultura latino-americana da picaretagem...

Lili em frente à catedral - foto da Fran.


No centro histórico, começamos pela catedral e fizemos o tour proposto pelo áudio guia. É indiscutivelmente uma das mais impressionantes igrejas que eu e a Fran já visitamos. Não tanto pela imponência  (na Europa, as coisas são mais imponentes), mas pela originalidade e história. Há um cristo negro aqui. E também a primeira cruz trazida da Europa para América – imagine o significado disto para os índios daqui. Foi uma aula magnífica em um cenário espetacular.


Relíquias do museu pré-colombino - uma filial do museu Larco, de Lima.


Da catedral, saímos para o almoço – no Bodega 129. Eu comi a “dieta de pollo”, que é a canja levanta defunto peruana. A única diferença para a nossa canja é que vai macarrão cabelo de anjo no lugar do arroz. Estava boa – mas é claro que se eu estivesse melhor, teria provado o que as meninas pediram (uma pizza) ou um bom bife de alpaca.

Da bodega, saímos para uma maratona de museus (Pré-colombino, uma filial do Larco, e Artes Regionales). É realmente inacreditável a arte primitiva (e pré-inca) do Peru. Já estávamos impressionados com o Larco de Lima e aqui não foi diferente. Há muitas coisas próximas do cubismo – como se sabe, Picasso ficou bastante interessado na arte primitiva. É de cair o queixo.

Dos museus, seguimos para a rua Sol, onde havia um barracão de artesanato (mais em conta que no centro histórico, com as mesmas coisas) que as meninas precisavam visitar. Eu fiquei na pracinha central, com outros maridos soiltários que esperavam o tempo passar. Depois de umas três horas (foi o meu tempo psicológico – as compras duraram uns 45 minutos, na verdade), saímos para a janta no Marcelo Batata. Novamente, sopinha pra mim. Ô castigo. As meninas não são muito da janta, então foi sopa e saladas.


Estamos tentando fazer o máximo que podemos, mas não importa quanto tempo você passe em Cusco, será impossível fazer tudo. Desmaiamos no hotel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário