Primeiro mirante do Vale Sagrado |
Das
vantagens de viajar em quatro pessoas: dá pra alugar um guia particular, com
carro, e fazer o Valle Sagrado com o roteiro que escolhemos, no tempo que
acharmos ideal – dividido em quatro pessoas, não custa um absurdo. E montamos
um plano para dois dias.
Fran triste no Vale Sagrado. |
Como
estamos em um hotel desconhecido para a maioria das agências, combinamos com sair
às 9h em frente ao Control de San Jeronimo – o posto de polícia, quatro quadras
do Fuente de Aguas, onde estamos.
Terrazas de Pisac |
No
horário, aparece um índio tímido, Grimaldi, que dirige um Toyota Pryos
azul-marinho. Ele fala quechanhol (mistura de quéchua, a língua dos Incas, com
o espanhol), é baixinho (descobrimos que a altitude faz com que as estaturas
sejam baixas – é a norma por aqui) e, a cada duas ou três frases, balbucia um
humhum. O jeito é de japonês – e ele fala um pouco de japonês e nos diz que a
entonação do quéchua é parecida com o japonês.
Lugar feio. |
Aos
poucos, vamos saindo de Cusco, subindo as montanhas que circundam a cidade, e
vales e picos nevados começam a aparecer. Grimaldi para em um mirante à beira
da estrada – ali, como em todos os mirantes à beira da estrada, há um menino
com uma alpaca que cobra um sole para fotos. As crianças são treinadas desde os
dois ou três anos a pedir soles para fotos – um pai, que também foi criado
assim, observa de longe. Mesmo com todos os indicadores positivos da economia
peruana – que, atualmente, são bem melhores que os indicadores brasileiros –
ainda há muita pobreza. Do mirante, paramos em uma feirinha de artesanato – são
sempre as mesmas coisas, os preços é que variam, às vezes para mais às vezes
para menos.
Sacsaywamán |
O
valle sagrado é sagrado por conta do rio Urubamba e das excepcionais condições
climáticas para o plantio. É daqui que saem os produtos para os restaurantes de
Cusco. E é aqui também que encontram, novamente, as terrrazas incas, muitas
vezes até o cume das montanhas. É deslumbrante e as cidadezinhas ainda
preservam o ar andino original. No passeio programado para hoje, Pisac
(terrazas de plantio), PukaPukara (observatório do exército inca), Tambomachay
(templo de águas) e Sacsaywamán (um templo religioso, com rochas gigantescas,
que também foi palco de batalhas entre incas e espanhóis). Chega uma hora,
cansa um pouco ver tanta ruínas e é bem verdade que ainda existe muita
especulação sobre o que cada pedaço de pedra significa.
Na
volta, ficamos novamente na Plaza de Armas e, no meio da tarde, almoçamos de
novo no Bodega 138 – excelente. Mas eu tomei mais uma dieta de Pollo, a canja
peruana.
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