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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Dia 16 – Calibrar o figo

09/01 – Villa O’Higgins

Porto do lado da hidroelétrica.


O dia foi preparado pela Fili, a dona da Cabaña El Mosko, onde estamos. Começou com a viagem até o final da Ruta 7, a Carretera Austral. Assim como no final da Ruta 40, da Argentina, aqui também tem uma placa comemorativa. Fili nos orientou a seguir a pé, à beira do lago, até a pequena hidroelétrica que abastece a cidade e é possível ter uma boa vista das cadeias de montanhas.

G na vista final do nosso trekking em Villa O`Higgins.

Depois, fizemos o nosso trekking da expedição. É uma caminhada leve, de 2h30, sem subir muito, mas, ao final, com uma vista maravilhosa das montanhas que circundam Villa O’higgins e do próprio vilarejo. Também é possível avistar dois glaciares: o El Mosko e o Huemul. No caminho, muitas flores e passarinhos diferentes – quando o passarinho já tem no Brasil, a G diz não tem graça e não vale a pena qualquer comentário. Ninguém veio aqui pra ver pardal ou tico-tico. Quando voltamos, fiz um arranjo com flores silvestres e dei de presente para a minha namorada florista – ela aprovou o design. Não sei se gostou mesmo ou se quer que eu faça um extra no Dia das Mães.
Estradinha do final do dia.

Glaciar El Mosko.


Voltamos para a cabaña, a Lili faz o fogo e, ao lado da lareira, há providenciais varais de roupa. Enquanto as meninas lavam as roupas (e a Fran lava a minha calça, que já estava com outra cor), eu consigo fazer uma siesta.

No mercado, encontramos novamente Daniel, e combinamos que iremos dar uma carona para ele amanhã – não há ônibus todos os dias e Daniel precisa voltar o quanto antes, para não perder a passagem de avião de Ushuaia. Houve mais um imprevisto: não vamos conseguir ver o glaciar O’Higgins – as condições de vento no lago não permitem. Teremos de voltar por aqui no futuro só para fazer passeios que perdemos – mas é preciso sorte: o tempo na Carretera é bastante instável.

Estradinha do final do dia.


No final da tarde (tarde é um conceito relativo: final da tarde, 5h da tarde, significa mais umas 5h de luz), pegamos o Berinjela e vamos fazer mais uma indicação de Fili: uma estrada em direção à cordilheira, à fronteira com a Argentina (em breve mais um paso será possível por aqui), à beira do rio Mayer. É mais uma estradinha espetacular – ela começa meio normalzinha, dessas que têm no Brasil, mas à medida que vai se aproximando da Cordilheira, as coisas  vão ficando novamente espetacular.


À noite, vamos dar conta de uma garrafa de 1,5l de tinto 120 da Santa Rita – a Lili, já com o brilho nos olhos e cortando as palavras (pra que falar tudo?) diz que é pra calibrar o figo. O figo dela deve estar bem contente.

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