Páginas

domingo, 15 de junho de 2014


Dia 2 – Barracão – Resistencia 600km
14/06/14

A Fran não concorda, mas acho que Barracão é uma cidade que faz jus ao nome. Apesar do toró que caiu a noite toda, dormimos como os anjos no Hotel Província, que, hã, também faz jus ao nome. A Fran reclamou de uns pombos que faziam barulho na janela do banheiro.

Aduana tranquilíssima na saída – bem mais que em Foz – e trocamos o câmbio com um butuca que já estava ali na saída da fronteira. Taxa: 1 peso por 0,22 reais. Fiz bom negócio? Não sei, vou consultar depois o paralelo na Argentina – ainda que, claro, não vamos ter o mesmo preço que Buenos Aires.




Na primeira saída dos guardas, também muito tranquila, perguntei as condições das rutas Hermanas – a chuvarada no Paraná também deve ter caído por aqui. Havia a ruta 14 a se evitar e ouvimos instruções para não passarmos por uma ponte obstruída. Entendi uma coisa, a Fran entendeu outra e o GPS entendeu uma terceira. Erramos. Ou melhor: eu e o GPS erramos, a Fran estava certa e ficou me dizendo “eu te disse, eu te disse” o dia inteiro. Encrenca fácil de arrumar: entramos numa estrada de terra molhada, o carro ficou agora com cara de Suzuki mesmo (pintado de barro), e perdemos talvez uma hora indo e voltando.

Depois de acertarmos o caminho, descobrimos vantagens e desvantagens de sair por Barracão e não por Foz. Sim, é mais perto. Sim, a aduana é mais rápida. Porém: você entra em uma parte da Argentina em que a estrada é mais lenta: mais curvas, mais trânsito, mais pedestres e uma pequena parte de serra. No final das contas, talvez dê elas por elas.

Depois de Posadas, entramos na ruta 12, nossa velha conhecida – uma reta interminável, no meio do campo, com pouco movimento. Aprovamos o conforto do carro, que está inaugurando a primeira expedição. Piloto automático em estrada Argentina é tudo de bom.

Nossa grande diversão na estrada foi ouvir uma rádio de Posadas – programa especial Copa do Mundo. Os jornalistas argentinos estão bem preocupados com a seleção deles – aparentemente, o time não está arrumado, houve muita improvisação na preparação. O tempo todo dizem que Gago tem um problema psicológico. E estão nervosos com o primeiro jogo deles, amanhã. Elogiaram que é uma copa com muitos gols – mas apontaram que o Brasil não está totalmente preparado para um evento deste porte. De todo modo, comentaram que se a Argentina fosse organizar, provavelmente os mesmos problemas aconteceriam. O que foi especialmente divertido é saber que comentarista de futebol é igual em todo lugar do mundo. Há uma seriedade, uma racionalidade, uma gravidade – parece que estão falando de uma doença, não de um esporte.



Dormimos no hotel Marconi (uma boa pechincha achada no trip advisor), comemos em frente ao hotel (primeiro lomo da viagem – estava bom e baratíssimo, R$11,00 o prato). À noite, foi meio difícil dormir – especialmente pra mim (a Fran apagou) – o hotel ficava de frente pra rua e no sábado as coisas são meio agitadas em Resistencia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário