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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O canal Beagle, em frente a Ushuaia (foto: André)


Dia 16 06/01/2012 Fogo na Terra do Fogo

Para fechar a nossa aventura na Terra do Fogo e começar a volta, ainda faltava um último passeio obrigatório: fazer a jornada de barco por outro atrativo mítico, mais uma das reentrâncias da Patagônia que Darwin explorou, o canal Beagle.

Vista de Ushuaia a partir do mar (foto: André)
 A saída do porto é confusa, ninguém, nem o capitão, sabe qual é o barco que vamos embarcar – as trocas acontecem até a última hora, de acordo com a procura dos turistas, que aqui são como manadas. Optamos pela rota mais curta, que abre mão dos pinguins (que já vimos até a indigestão), ainda assim um passeio de quase 3h de duração.

Loberia do canal Beagle (foto: André)


Ilha de pássaros do canal Beagle (foto: André)

O porto está logo em frente ao centro da cidade e a saída já nos presenteia com uma vista privilegiada de Ushuaia. E, em pouco tempo, já podemos avistar a loberia e a ilha dos pássaros – os dois destinos principais. O catamarã tem três andares e fizemos quase todo o passeio no deck da cobertura, com o vento gelado queimando o rosto. Ninguém enjoou, mas a Fran, depois da overdose de Dramin, dormiu na chegada até o porto.

Ge no deck do catamarã que faz o passeio do canal Beagle (foto: André)

Terra do Fogo, diz a história, é o nome de batismo que Fernão de Magalhães imprimiu ao lugar em que se avistavam os índios Yamanás (hoje. completamente dizimados) acendendo fogueiras para se aquecer e cozinhar. Mas se bebia muito vinho a bordo das naus espanholas e portuguesas e esta poderia ser a terra do pileque, terra do pifão ou a terra da borracheira. Nosso compromisso de último dia por estas paragens, foi para tomar um fogo na terra do fogo. E, para a empreitada, escolhemos bem – um restaurante bem tradicional de Ushuaia, o Tia Elvira. A logo da entrada tem uma centolla e, dentro, uma outra (empalhada?) em tamanho natural dá a dica de qual é o prato principal. Pedimos Centolla (que estava boa) e, depois, uma nova descoberta – a merluza negra, o bife de chorizo dos pescados. É um filé alto, de uns 2,5cm, amanteigado e que estava divinamente grelhado. Para o pifão, dois vinhos da bodega Fin Del Mundo, que tem nos acompanhado na viagem. 

Merluza Negra, o bife de chorizo dos pescados argentinos. (foto: André)

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