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sábado, 17 de janeiro de 2015

Dia 19 – Gincana da bota e da cabaña

12/01 – Perito Moreno-Esquel


De Perito Moreno até Esquel a estrada está quase toda asfaltada. Pela primeira vez, avistamos guanacos aos montes. As estradas do sul sempre passam por regiões pouco habitadas e é bem fácil observar animais em viagens: pássaros, lebres, camelídeos (guanacos, vicunhas, alpacas, lhamas), avestruz e os que já têm no Brasil.

A paisagem da Argentina é bem mais seca que a chilena – a cordilheira barra a umidade do pacífico e a patagônia daqui é um grande deserto em boa parte do tempo.

Esquel já é uma velha conhecida nossa. É a cidade base para o Parque Nacional Los Alerces, que já fizemos de cabo a rabo. A primeira missão do dia foi achar uma bota de imobilização para o pé da Fran. Não foi fácil: não é comum comprar esta bota – a maioria das pessoas aluga. Eu e a Lili fizemos uma maratona de casas ortopédicas e farmácias até encontrarmos uma pequena, que se encaixasse no pé da Fran. Ainda assim, não ficou ideal, apertando um pouco na panturrilha – mas já é melhor do que nada.

Agora com bota.


A segunda missão do dia foi achar uma cabaña – as coisas ficaram mais difíceis agora. Em geral as cabañas têm dois andares e os quartos ficam na parte superior – o que complica bastante para a Fran. Fora isto, de uma forma a que não estávamos acostumados, as cidades argentinas estão lotadas – e lotadas de turistas argentinos. Em 2012, talvez por conta da erupção do vulcão chileno, tudo estava esvaziado na região dos lagos. Agora, não: está uma luta para achar acomodações de qualquer tipo. Talvez seja uma recuperação da economia, talvez seja o movimento normal que não conhecíamos. Como deixar as hospedagens todas reservadas complica demais a viagem de carro (imprevistos acontecem e é bom ter liberdade – já mudamos várias vezes o roteiro) e como a Internet tem sido precária, o normal é sairmos sem reserva. Conseguimos a nossa cabaña saindo do centro de Esquel e indo para um bairro afastado, na Ruta em direção ao Parque Los Alerces.

Blogueiro trabalhando com estilo.


À noite, jantamos no El Chopino – a Fran foi de cadeirinha que eu e a Lili montamos (braços entrelaçados – como na brincadeira de criança). O restaurante estava lotado – havia até um mágico para entreter os clientes enquanto a comida não chegava. Foi uma boa janta, mas não divina.


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