A
Fran não dormiu bem – segundo ela, é o pior travesseiro do mundo. De fato, o
nosso travesseiro e um pedaço de tijolo são indiscerníveis. A água do Inkiwasi,
nosso hotel, também não esquenta muito – por isto, decidimos não tomar um banho
às 5h da manhã, quando acordamos para o passeio no Cânion Colca.
Tomamos
um café bem cedo – na média, os cafés de hotel não são muito bons por aqui. O
café, em especial, é esquisito (ou é forte demais ou aguado) e o serviço também é meio complicado. Hoje, para
comer ovos mexidos, só com 2 soles a mais. Mas tudo bem, o passeio está saindo
muito barato, não dá pra reclamar.
6h20
em ponto e o Edwin, nosso guia, aparece no hotel para nos buscar. O grupo tem
francesas, peruanos, dois homens que falam um inglês impossível de entender
(Nova Zelândia?), casais com filhos e a gente.
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O cânion vai aparecendo ao lado do ônibus. As escavações são as terrazas incas - feitas para o plantio. |
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Igrejinha no vale do cânion Colca |
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Crianças dançam na pracinha em uma das cidadezinhas que margeiam o cânion. Depois, elas pedem 2 soles. |
O
passeio começa com os vilarejos próximos de Chivay, com belas igrejas e
tradições. Crianças dançam na praça central, mas querem moedas para quem
desejar tirar fotos. Cholas tem alpacas baby para quem pretende fotos – mas por
alguns soles também. Até uma águia apareceu. Os turistas gostam – o melhor
seria voltar aqui outra vez e passar por pontos além da Cruze del Condor, onde
quase não há turistas. De todo modo, o cânion, a cultura, os andes peruanos são
espetaculares. O cânion de Colca é o segundo mais profundo do mundo – o
primeiro é o Cotahuasi, que fica no Peru também.
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A vista do horizonte. Além do horizonte, existe um lugar.
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Não é espetacular? |
No
Cruze del Condor, nosso último ponto antes de retornar, avistamos os condores,
que são impressionantes e passam ao lado dos turistas. São aves gigantes,
atingem mais de três metros de ponta a ponta das asas. E ainda fizemos uma
breve caminhada ao lado do cânion.
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Eba! |
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O condor - a foto é minha mesmo. |
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Mais um retrato do condor. |
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Não é espetacular? |
Voltamos
para Chivay, almoçamos e embarcamos de volta para Arequipa. Chegando lá,
felizmente ainda deu tempo de ir em outra atração imperdível: o museu dos
santuários andinos, que têm uma menina mumificada pelo gelo, a juanita,
encontrada recentemente por arqueólogos americanos. A menina era um sacrifício
Inca para acalmar os deuses e fazer chover. No museu, há todos os pertences
encontrados no local do sacrifício (o alto de um vulcão – mais de 6.000m) – a
história toda é muito incrível: os incas foram os primeiros alpinistas, e
acredita-se que centenas subiam a montanha e muitos morriam no caminho. No
museu, uma excelente guia nos mostrou como era a cultura Inca como um todo.
Voltamos
para o hotel – o mesmo de antes – jantamos porcarias e apagamos.
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