Dizem
que ir a Arequipa sem ir ao Cânion de Colca é como ir a Cuzco sem conhecer Machu
Picchu. Compramos um passeio de dois dias, saindo de ônibus de Arequipa de
manhã, almoçando e dormindo em Chivay para, no dia seguinte, ver o cânion, um
dos mais profundos do mundo. Saiu muito em conta – 70 soles (cerca de 70 reais)
por pessoa, com ônibus e hotel incluso. É tão barato que, no começo, achamos
que era golpe – precisamos perguntar na pousada se era quente e consultamos a
Internet para ter certeza absoluta.
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A caminho de Chivay. Barraquinha que vende mate de Coca. |
O
guia chegou às 8h e saímos. A Fran tomou um coquetel de remédios: bromoprida
(para as curvas da estrada), resfenol (para a gripe) e umas pílulas peruanas
para altitude. Chivay fica 3.600m – mais ou mesmo a altitude de Cuzco -, mas a
estrada chega a 4.900m.
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Vulcão ativo a caminho de Chivay. Estamos a 4.900m de altitude. |
A
saída de Arequipa foi meio tumultuada, com muito trânsito. Já a estrada estava
calma e a paisagem deslumbrante, similar
à estrada que chega em Antofagasta de la Sierra, na Argentina: muito alta,
pouca vegetação, vicunhas e alpacas à beira da rodovia e os Andes por todo
lado, incluindo vulcões ativos.
Paramos
no meio do caminho para um mate misto – mate de coca com outras folhas que
ajudam na altitude. Até aqui, ninguém passou mal com a altitude, o que é
excelente.
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Estrada a caminho de Chivay. No fundo, o cânion Colca. |
Almoçamos
em um buffet, já em Chivay – estava tudo muito, muito gostoso – só comidas
típicas daqui. E à tarde saímos para conhecer o vilarejo, bastante andino, com cholas, mercados locais (muitas coisas de alpaca), igrejinha e montanhas de
fundo. Para a altitude, mais mate de coca e muita água.
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Praça principal de Chivay. |
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Em Chivay: vai um mate de coca aí? Este vem no saquinho com canudinho. |
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Vai um milho cor-de-rosa aí? |
À
noite, a Fran preferiu descansar mais uma vez. Está com um pouquinho de febre
da gripe e é melhor não arriscar muito. Eu, a Lili e a G fomos para um jantar
com show folclórico. É bem turista, mas foi bonito, com música de flautinha
peruana e um casal que se revezou em várias danças típicas.
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Batmóvel de Chivay. |
Na
volta, decidimos tomar banho à noite e não amanhã de manhã – vamos sair 6h20 do
hotel, para ver os condores.
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