Páginas

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Dia 8 – Nora, Ricardo, Luna, Mora

01/01 – Malargue-Chos Malal

Pessoal simpático da pousada.

Depois do porre de vinho caseiro, hoje acordamos mais tarde para o café da manhã. Nora chegou na nossa cabaña com o café da manhã. Ela quer tirar uma foto conosco, para o face da pousada. Dali um pouco, na saída, Ricardo dá todas as dicas, de todos os pontos obrigatórios que teremos pela frente. São tantas coisas que, definitivamente, teremos que voltar aqui. Tiramos fotos, há um sentimento de gratidão. A história deles é uma utopia realizada: saíram de Buenos Aires há 15 anos e vieram para Malargue. No início, Ricardo tinha uma empresa grande de letreiros luminosos. Agora, cuidam da pousada. É uma pousada nova, não tem dois anos, e, por enquanto, somente três chalés.  Eles mesmos desejaram e construíram as casas, que são feitas de toras de bosques queimados, todas compradas em El Bolsón. A filha estuda medicina. E o filho é jornalista esportivo. Mora e Luna são dois dos cachorros. Em geral, as pousadas familiares são tocadas por famílias bem receptivas – mas aqui foi excepcionalmente receptivo.

Beatles da Ruta 40.


Pegamos a estrada rumo a Chos Malal. A estrada passa ao lado da Reserva da Payhunia, um parque com mais 800 vulcões, entre eles um dos famosos da Argentina, o Malacara. É um cenário lunar, com direito a um lugar em especial, La Passarela, em que o rio corta um caminho de lava solidificada. Tentamos fazer uma trilha que passa ao lado do rio, mas não encontramos o caminho correto.

Vulcões no caminho a Chos Malal.

 Seguimos em frente e, no final da tarde, estávamos em Chos Malal. É uma pequena cidade que fica no vale do Rio Neuquén. A cidade tem duas grandes praças, muito arborizadas, uma costanera para pedestres, gente tomando banho na água de degelo e centenas, não, milhares de papagaios. É tanto papagaio que estávamos deliberando se iríamos conseguir dormir – o barulho se ouve na cidade inteira.

Depois de deixarmos nossas malas no hotel, pausa no YPF Full para abastecer o carro e o estômago. Depois partimos rumo à cordilheira, para Las Ovejas, onde havia a promessa de um lugar que valia a pena ser visitado. Andamos uns 80km, mas voltamos antes: o cansaço bateu forte. A estrada era bonita – mas já vimos tantas estradas espetaculares que esta já era de segunda linha.


No hotel, a recepção encontrou um restaurante aberto no primeiro dia do ano. Estávamos muito cansados para sair e conseguimos um serviço de delivery do restaurante. Depois da janta, reunião do conselho para o dia seguinte: vamos seguir a dica do Ricardo e dormir em Villa Trafful? Decidimos manter o roteiro original e seguir para El Bolsón. Trafful fica a volta da carretera austral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário