Dia
29/12 - Mendoza - Malargue
Hoje
saímos para o coração da cordilheira, em direção ao Sul. A ideia era passar,
primeiro, na Laguna del Diamante e, depois, chegar em Malargue.
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A caminho da Laguna del Diamante. |
A
laguna, pelas fotos, é um lugar deslumbrante, mas nossa tentativa foi
frustrada. Depois de sair de uma ponta da ruta 40, a rodovia mítica da Argentina,
que cruza todo o país, caímos em uma estrada de rípio com muitas costelas e a
velocidade diminuiu bastante. No caminho, um carro na direção contrário fez
sinal de luz e uma família nos informou que o caminho da laguna estava fechado,
por conta de uma nevasca alguns dias antes. Como a estrada já era muito bonita,
com as vistas da pré-cordilheira, resolvemos ir até o fim do caminho. Um índio,
dirigindo uma caminhonete em sentido contrário, disse em uma língua que eu
entendi só uns grunhidos que era possível chegar até a laguna. Com um pouco de
esperança, chegamos até a entrada do parque. O portão com cadeado já informava
tudo. E o guarda-parque só confirmou: está cerrado. Para todos os veículos. Vai
ficar para a próxima.
Seguimos
adiante. Mas teríamos de cumprir mais de 60km em rípio, em um rípio de péssimo
estado. Estudamos o mapa e resolvemos fazer um caminho maior, passando perto de
San Rafael, com a promessa de asfalto. O asfalto não veio, mas o rípio melhorou
bastante. O deserto aqui é bem típico dos pumas andinos e sonhamos que veríamos
um – o que é muito difícil, eles ficam longe do movimento. Vimos cavalos, gado
e emas selvagens, mas nada do puma perdido.
Já
próximos de Malargue a estrada começa a ficar espetacular. Uma planície em que
a terra desaparece tamanha a dimensão do céu (que, aqui, à nossa direita,
estava furioso para uma tempestade; à nossa frente, azul como o mar) abriga o
risco da estrada e só as montanhas nevadas e os vulcões inativos brotam para
manchar o horizonte.
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Em direção a Malargue. |
Depois,
começamos a ver uma parede interminável de álamos. Os álamos são uma árvore
símbolo de civilização – eles são uma proteção verde contra o vento. Basta
chegar perto de uma cidade ou vilarejo próximos da cordilheira e os álamos
surgem aos montes.
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Já próximos de Malargue, Cordilheira ao fundo. |
Malargue
é pequenina, mas simpática de tudo. Uma rua principal charmosa nos dá às
boas-vindas. Boas-vindas que seriam muito especiais com a Nora, das Cabañas Los
Renuevos, onde nos instalamos. Nora nos dá as instruções: há muita, mas muita
coisa para se fazer em Malargue. Estamos estudando desistir de Chos Malal e
passar o ano novo aqui.
E,
puxa, que Cabaña! Tem hidro, cozinha completa, parrilla e espaço de sobra para
quatro pessoas. Eu e a Lili fizemos o primeiro risoto da temporada: com tomate
cereja e abobrinha. Vinhos e brindes para a nossa chegada aqui.
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