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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Dia 4 – Dia de descanso

28/12 Mendoza


Mendoza é uma cidade no meio do deserto. Mas os pequenos canais de água que percorrem as quadras irrigam toda a manta verde da cidade, cidade que parece tudo, menos estar no meio do deserto. Hoje, pela primeira vez, não pegamos no carro. E saímos para andar pelas ruas, pelos cafés, pelas praças – é uma cidade elegante e agradável. Mesmo as coisas mais bregas, como o chafariz que tem vinho no lugar de água, são divertidas – há um clima bucólico e é, ao mesmo tempo, uma potência econômica, graças a alguns dos vinhedos mais famosos do mundo.

A Fran pagou uns vândalos para pixar a árvore.


Na praça perto do hotel, um senhor sentado no banco, quando vê que estamos com máquinas fotográficas, nos chama e explica que há um árvore única, que todos tiram fotos. A Fran entendeu bem (o espanhol dela está excelente) e o sujeito gostou de conversar conosco. E, claro, o assunto caiu no futebol. É um amante da pelota – daqueles que não são fanáticos e gostam de apreciar os brasileiros (assim como brasileiros realmente engajados na coisa também gostam de amar os craques argentinos). E ele deu uma explicação nova para a diferença entre Pelé e Maradona. Não é que um é melhor do que o outro – a diferença é que Pelé tinha Garrinha e Tostão. Maradona tinha de fazer tudo sozinho, não tinha time. Como a Fran disse depois, é um jeito sutil de dizer que Maradona é melhor que Pelé.

Chafariz de vinho em Mendoza.


Almoçamos na Sarmiento, na rua de pedestres, descansamos pela tarde e à noite fomos à feirinha da Plaza Independencia. O artesanato daqui é de primeira qualidade e a Fran e a Lili fizeram negócio com uma tia que vai enviar produtos para a floricultura.

Pessoal aproveitou para lavar a roupa no hotel.


Depois, fomos ao Anna Bistrô, que ficava ao lado do nosso hotel. Comida de primeira em um restaurante muito agradável. É possível jantar dentro do ambiente ou fora, ali no jardim (onde ficamos), com muita decoração em madeira escura e bambu. Os pratos estavam ótimos e os vinhos, que, claro, são baratíssimos aqui, estavam divinos. É interessante observar a carta de vinhos dos restaurantes de Mendoza: não é uma carta de vinhos, é um livro de vinhos! E só tem vinhos da cidade – muito impressionante. O vinho do bistrô era tão bom que a Geísa ficou apaixonada pelo Mathias, o moço que nos atendeu. Cada vez que ele aparecia, Gracias Mathias, e um sorriso sincero. E a Lili contou segredos da adolescência que não poderão ser escritos aqui – sob o risco do assassinato do blogueiro.

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