28/12
Mendoza
Mendoza
é uma cidade no meio do deserto. Mas os pequenos canais de água que percorrem
as quadras irrigam toda a manta verde da cidade, cidade que parece tudo, menos
estar no meio do deserto. Hoje, pela primeira vez, não pegamos no carro. E
saímos para andar pelas ruas, pelos cafés, pelas praças – é uma cidade elegante
e agradável. Mesmo as coisas mais bregas, como o chafariz que tem vinho no
lugar de água, são divertidas – há um clima bucólico e é, ao mesmo tempo, uma
potência econômica, graças a alguns dos vinhedos mais famosos do mundo.
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A Fran pagou uns vândalos para pixar a árvore. |
Na
praça perto do hotel, um senhor sentado no banco, quando vê que estamos com
máquinas fotográficas, nos chama e explica que há um árvore única, que todos
tiram fotos. A Fran entendeu bem (o espanhol dela está excelente) e o sujeito
gostou de conversar conosco. E, claro, o assunto caiu no futebol. É um amante
da pelota – daqueles que não são fanáticos e gostam de apreciar os brasileiros
(assim como brasileiros realmente engajados na coisa também gostam de amar os
craques argentinos). E ele deu uma explicação nova para a diferença entre Pelé
e Maradona. Não é que um é melhor do que o outro – a diferença é que Pelé tinha
Garrinha e Tostão. Maradona tinha de fazer tudo sozinho, não tinha time. Como a
Fran disse depois, é um jeito sutil de dizer que Maradona é melhor que Pelé.
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Chafariz de vinho em Mendoza. |
Almoçamos
na Sarmiento, na rua de pedestres, descansamos pela tarde e à noite fomos à
feirinha da Plaza Independencia. O artesanato daqui é de primeira qualidade e a
Fran e a Lili fizeram negócio com uma tia que vai enviar produtos para a
floricultura.
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Pessoal aproveitou para lavar a roupa no hotel. |
Depois,
fomos ao Anna Bistrô, que ficava ao lado do nosso hotel. Comida de primeira em
um restaurante muito agradável. É possível jantar dentro do ambiente ou fora, ali
no jardim (onde ficamos), com muita decoração em madeira escura e bambu. Os
pratos estavam ótimos e os vinhos, que, claro, são baratíssimos aqui, estavam
divinos. É interessante observar a carta de vinhos dos restaurantes de Mendoza:
não é uma carta de vinhos, é um livro de vinhos! E só tem vinhos da cidade –
muito impressionante. O vinho do bistrô era tão bom que a Geísa ficou
apaixonada pelo Mathias, o moço que nos atendeu. Cada vez que ele aparecia,
Gracias Mathias, e um sorriso sincero. E a Lili contou segredos da adolescência
que não poderão ser escritos aqui – sob o risco do assassinato do blogueiro.
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