09/01
– Villa O’Higgins
Porto do lado da hidroelétrica. |
O
dia foi preparado pela Fili, a dona da Cabaña El Mosko, onde estamos. Começou
com a viagem até o final da Ruta 7, a Carretera Austral. Assim como no final da
Ruta 40, da Argentina, aqui também tem uma placa comemorativa. Fili nos
orientou a seguir a pé, à beira do lago, até a pequena hidroelétrica que
abastece a cidade e é possível ter uma boa vista das cadeias de montanhas.
G na vista final do nosso trekking em Villa O`Higgins. |
Depois,
fizemos o nosso trekking da expedição. É uma caminhada leve, de 2h30, sem subir
muito, mas, ao final, com uma vista maravilhosa das montanhas que circundam
Villa O’higgins e do próprio vilarejo. Também é possível avistar dois
glaciares: o El Mosko e o Huemul. No caminho, muitas flores e passarinhos
diferentes – quando o passarinho já tem no Brasil, a G diz não tem graça e não
vale a pena qualquer comentário. Ninguém veio aqui pra ver pardal ou tico-tico.
Quando voltamos, fiz um arranjo com flores silvestres e dei de presente para a
minha namorada florista – ela aprovou o design. Não sei se gostou mesmo ou se
quer que eu faça um extra no Dia das Mães.
Estradinha do final do dia. |
Glaciar El Mosko. |
Voltamos
para a cabaña, a Lili faz o fogo e, ao lado da lareira, há providenciais varais
de roupa. Enquanto as meninas lavam as roupas (e a Fran lava a minha calça, que
já estava com outra cor), eu consigo fazer uma siesta.
No
mercado, encontramos novamente Daniel, e combinamos que iremos dar uma carona
para ele amanhã – não há ônibus todos os dias e Daniel precisa voltar o quanto
antes, para não perder a passagem de avião de Ushuaia. Houve mais um
imprevisto: não vamos conseguir ver o glaciar O’Higgins – as condições de vento
no lago não permitem. Teremos de voltar por aqui no futuro só para fazer
passeios que perdemos – mas é preciso sorte: o tempo na Carretera é bastante
instável.
Estradinha do final do dia. |
No
final da tarde (tarde é um conceito relativo: final da tarde, 5h da tarde,
significa mais umas 5h de luz), pegamos o Berinjela e vamos fazer mais uma
indicação de Fili: uma estrada em direção à cordilheira, à fronteira com a
Argentina (em breve mais um paso será possível por aqui), à beira do rio Mayer.
É mais uma estradinha espetacular – ela começa meio normalzinha, dessas que têm
no Brasil, mas à medida que vai se aproximando da Cordilheira, as coisas vão ficando novamente espetacular.
À
noite, vamos dar conta de uma garrafa de 1,5l de tinto 120 da Santa Rita – a
Lili, já com o brilho nos olhos e cortando as palavras (pra que falar tudo?)
diz que é pra calibrar o figo. O figo dela deve estar bem contente.
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