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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Dia 10 – Dá pra acampar?

03/01 – El Bolsón-Futaleufú


Saímos da pousada dos hippies de manhã em direção à cordilheira – será nossa primeira aduana para o Chile – depois, faremos outras, será uma viagem em zigue e zague entre Argentina e Chile.

Los Alerces II, a missão.

 
Lili pensando na vida. É mais fácil por aqui.
No caminho até Futaleufú, resolvemos não fazer o percurso mais rápido e, assim, passar pelo Parque Nacional Los Alerces. Nós já conhecíamos a estrada do sul do parque – agora, vamos fazer a estrada inteira, desde a entrada norte. O tempo estava bom e conseguimos ver ainda mais verde aquele verde que já era espetacular da outra vez – o encontro dos rios daqui, com o verde das árvores (em especial dos Alerces), agora tinha as montanhas nevadas no horizonte. Fizemos uma pequena trilha até uma das cachoeiras do parque, compramos um sanduíche gigante de milanesa (pão com bife a milanesa, um clássico da comida ogra Argentina) e eu e a Lili combinamos de voltar um dia aqui para acampar. A Fran e G vão ficar em cabañas.

Los Alerces.


Continuamos e passamos novamente por Trevelin, uma das cidades de colonização galesa da Argentina. E, em seguida, as aduanas. Felizmente, diferente de todas as aduanas que estamos acostumados, tudo vazio e tudo muito rápido, mesmo com os chilenos pedindo para tirar todas as malas e abrindo cada uma delas. O passaporte mais uma vez carimbado – passaporte, esta tradição que começou na Idade Média (passar a porta da cidade murada precisava do “passa porta”) e que, depois da primeira guerra mundial, uma guerra essencialmente de fronteiras, se tornou uma azucrinação global.

Esta aí já tem dono, viu?
Mi cabaña, mi vida. Escravo branco fazendo a comida enquanto o pessoal descansa.

Chegamos em Futaleufú. Cidade de umas seis quadras. A “cidade” é uma graça, com casinhas típicas de madeira (lembram as casinhas de Valdívia) e já dá pra perceber que estamos no Chile: tudo é mais arrumadinho que na Argentina e a indústria do turismo mais profissional. Conseguimos uma cabaña top, com dois andares, varanda, cozinha grande e simpatia do dono por um preço similar ao da Argentina – excelente e bem-vinda surpresa.


À noite, cozinhamos mais um macarrão com legumes (e tivemos que improvisar muito – os legumes do pequeno mercado estavam horríveis), bebemos vinho e brincamos com os cachorros de rua patagônicos que ficaram amigos.

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