12/01
– Perito Moreno-Esquel
De
Perito Moreno até Esquel a estrada está quase toda asfaltada. Pela primeira
vez, avistamos guanacos aos montes. As estradas do sul sempre passam por
regiões pouco habitadas e é bem fácil observar animais em viagens: pássaros,
lebres, camelídeos (guanacos, vicunhas, alpacas, lhamas), avestruz e os que já
têm no Brasil.
A
paisagem da Argentina é bem mais seca que a chilena – a cordilheira barra a
umidade do pacífico e a patagônia daqui é um grande deserto em boa parte do
tempo.
Esquel
já é uma velha conhecida nossa. É a cidade base para o Parque Nacional Los
Alerces, que já fizemos de cabo a rabo. A primeira missão do dia foi achar uma
bota de imobilização para o pé da Fran. Não foi fácil: não é comum comprar esta
bota – a maioria das pessoas aluga. Eu e a Lili fizemos uma maratona de casas
ortopédicas e farmácias até encontrarmos uma pequena, que se encaixasse no pé
da Fran. Ainda assim, não ficou ideal, apertando um pouco na panturrilha – mas
já é melhor do que nada.
Agora com bota. |
A
segunda missão do dia foi achar uma cabaña – as coisas ficaram mais difíceis
agora. Em geral as cabañas têm dois andares e os quartos ficam na parte
superior – o que complica bastante para a Fran. Fora isto, de uma forma a que
não estávamos acostumados, as cidades argentinas estão lotadas – e lotadas de turistas
argentinos. Em 2012, talvez por conta da erupção do vulcão chileno, tudo estava
esvaziado na região dos lagos. Agora, não: está uma luta para achar acomodações
de qualquer tipo. Talvez seja uma recuperação da economia, talvez seja o
movimento normal que não conhecíamos. Como deixar as hospedagens todas reservadas
complica demais a viagem de carro (imprevistos acontecem e é bom ter liberdade
– já mudamos várias vezes o roteiro) e como a Internet tem sido precária, o
normal é sairmos sem reserva. Conseguimos a nossa cabaña saindo do centro de
Esquel e indo para um bairro afastado, na Ruta em direção ao Parque Los
Alerces.
Blogueiro trabalhando com estilo. |
À
noite, jantamos no El Chopino – a Fran foi de cadeirinha que eu e a Lili
montamos (braços entrelaçados – como na brincadeira de criança). O restaurante
estava lotado – havia até um mágico para entreter os clientes enquanto a comida
não chegava. Foi uma boa janta, mas não divina.
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