Dia
3 – Resistencia – Salta 800km
15/06/14
Acordamos
com um pastor na Igreja Universal do Reino de Deus pregando em português. O
templo fica em frente ao hotel. Tem a mesma arquitetura jeca dos templos
brasileiros. E o templo, como os nosso, é enorme e fica em uma região central. A
mesma gritaria: sai, sai, em nome de Jesus. Medo.
Descobrimos
que com o câmbio no paralelo, a Argentina está muito, muito barata,
estupidamente barata. Nosso hotel saiu por R$ 91,00 – um três estrelas. O país
está meio quebrado mesmo, o hotel aceita dólar com o câmbio paralelo sem
cerimônia e até abrem um sorriso se oferecemos dólares.
Saindo
nas ruas para tirar mais dinheiro, observar o óbvio: copa na Argentina é como
no Brasil. Todo mundo vendo todos os jogos em todos os lugares. As vitrines das
lojas estão decoradas e as ruas estão mais patriotas do que normalmente já são.
Hoje,
de certo modo, é o nosso último dia exaustivo. Viajar para os Andes tem uma
fase de purgatório. Os primeiros dias são cansativos, sempre mais de 600km por
dia, e praticamente inúteis – nada de interessante para fazer, estradas de
segundo time, dormir em buracos. Ainda que eu e a Fran tenhamos simpatia por
Resistencia – é uma cidadezinha ajeitada, cheirosinha. E hoje a Fran já estava
melhor e dirigiu bastante na estrada – faz uma baita diferença.
Definitivamente, não dá pra encarar este tipo de viagem com um único motorista.
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Alongamento antes de chegar em Salta. |
Salta
continua La Linda. Hoje, toda festiva com o primeiro jogo da Argentina –
bandeiras em todos os lugares, população de uniforme. E conseguimos trocar
pontos de milhagem para o hotel – negócio da China e um belíssimo hotel, o
design Salta. À noite, depois do jogo, mortos de fome, saímos para jantar – é
pena que a maioria dos restaurantes está fechado. Mas deu pra comer no Doña
Salta, um tradicional daqui – a comida estava divina. A Fran comeu aquele bife
de Chorizo que só os Hermanos fazem – saiu por R$ 19,00... Eu preferi comida
típica do noroeste, uma Cazuella de Carneiro, estava muito boa também. Entrada
com as empanadas de carne picada na ponta da faca, típica de Salta. Pra dormir
feliz.