16/01
– Pucon
Bom,
chegamos ao último dia de passeios. A partir daqui, é a volta. Nelson, o dono
da pousada onde estamos, dá algumas sugestões. Entre elas, ir para as termas –
ele diz que as mulheres adoram porque, normalmente, no pacote, vem junto um spa
com toda uma picaretagem clássica: banho de lama, massagem com pedras, gramas e
duendes. Nelson diz que, para os homens, é um saco – ficam com uma caneca, um
café e esperam sentados os duendes fazerem as massagens nas mulheres. Homens e
mulheres todos iguais, só mudam de endereço? Talvez.
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Llaima, mais um vulcão da viagem. |
Para
a nossa alegria, consegui vender um outro passeio para as meninas: o Parque
Nacional Conguillo, a cerca de 100km de Pucón. No caminho, tentamos uma estrada
alternativa, que deveria passar por lagos. Cheguei até a desenhar a estrada no
programa do GPS, mas o resultado foi meio frustrante: não vimos nada demais.
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Um dos últimos lagos azuis da viagem. |
Almoçamos
em Cunco, eu fui de Cazuella de carne (estava excelente) e as meninas um lomo
com papas fritas e empanadas chilenas.
Na
entrada do parque, um novo estresse. Estávamos com o dinheiro absolutamente
contado – como é o nosso último dia do Chile, não queríamos ficar com pesos
sobrando, para evitar uma nova troca de câmbio. O que não esperávamos é que,
para estrangeiros, a entrada do parque é mais cara, cara o suficiente para
faltar dinheiro. Eles não aceitam dólares e nem cartão de crédito. E agora?
Bom,
explico para a mulher da recepção que faltam 2000 pesos chilenos – cerca de 8
reais. A mulher diz que não tem problema, considera a G e a Lili como da
terceira idade e tudo resolvido. Jeitinho latino-americano. Se fosse na
Alemanha, eu ia preso e só voltava para o Brasil com ajuda do Itamarati.
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Parque Nacional Congillo |
O
parque é lindo. O vulcão Llaima está no centro, é ativo (fumacinhas o tempo
todo) e o caminho de carro é por lavas antigas. Dá para visitar lagoas de
vários tons de verde, áreas de acampamento e trekking. Todos os parques que
fizemos são espetaculares – todos dão caldo para explorar mais, com
acampamentos e caminhadas. Neste, há pousadas também e pra quem não quiser
dormir em barraca, há alternativas mais confortáveis.
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Pucón: último dia. |
Voltamos
com a sensação de que fechamos a viagem com chave de ouro. Claro que isto foi
comemorado à noite com vinhos e as meninas do AA.